
EXTRAÍDO DE MEMÓRIAS DO VENTURA
353 a. do Grande Incêndio
de LONDRES. Destruiu 13 mil casas e oito igrejas, inclusive a Catedral de SAINT
PAUL, em 2 de setembro de 1666. Os dias estavam secos e quentes no final do
verão londrino. Um vento, vindo do leste, soprava forte. Nas primeiras horas do
domingo, 2 de setembro, próximo da Torre de Londres, um incêndio acidental
começou na casa do padeiro real, THOMAS FARYNOR. O fogo prolongou-se por cinco
dias. Ao seu término, 13.200 casas, 87 igrejas e 44 edifícios públicos haviam
sido destruídos. Os registros da época computaram um total de 100 mil
desabrigados e nove óbitos. Mas pesquisas atuais afirmam que milhares de
pessoas podem ter morrido. O incêndio, o maior da história londrina, foi a
segunda grande desgraça que se abateu sobre a capital inglesa em menos de dois
anos. Em 1665, 70 mil pessoas morreram infectadas pela peste bubônica. Assim
como a peste, a propagação das chamas foi favorecida pela estrutura medieval da
cidade: ruas estreitas e casas de madeira muito próximas umas das outras. A
reconstrução deu origem à área conhecida como CITY OF LONDON, hoje um distrito
financeiro. As marcas do passado estão nas igrejas projetadas por sir
CRISTOPHER WREN, o líder dos muitos arquitetos que participaram da
reconstrução. Na época, o REI CARLOS II participou pessoalmente do combate às
chamas e ordenou a reconstrução da cidade. O Prefeito sir THOMAS BLOODWORTH
menosprezou o incêndio e depois entrou em pânico. O cronista SAMUEL PEPYS escreveu
preciosos relatos acerca da catástrofe.