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AMIGOS
Recentemente, um amigo deu-me de presente um livro sobre "a história por trás do assassinato dos kennedy": "IRMÃOS", escrito pelo jornalista americano DAVID TALBOT. Nele, há uma frase que teria sido pronunciada por Robert Kennedy : "Descobri algo que nunca soube: que meu mundo não era o mundo real".
É alentador que Robert, aos trinta e tantos anos, tenha chegado a esta conclusão. Acredito que. muitos, neste planeta, tenham ido para o Paraíso sem que tal pensamento tenha aflorado à sua consciência. Ainda bem que outros, além do ex-Procurador americano, também chegaram a essa conclusão. Espero.
Um deses foi OSVALDO PERALVA, ex-membro do Partido Comunista Brasileiro, onde entrou em 1942, aos 24 anos. PERALVA deixou o "Partidão" na década de 1960, se não me engano, e escreveu um livro sobre as engrenagens do comunismo internacional intitulado "O RETRATO". Décadas se passaram e o livro foi relançado pela Editora Três Estrelas.. Membro da "alta cúpula" do PCB. PERALVA, conhecia bem o funcionamento do Movimento Comunista internacional. Sua saída ocorreu após o famoso "Relatório Secreto", de Nikita Kruschev, sobre os "crimes" "stalinistas", que chegou à imprensa internacional graças ao Serviço Secreto Israelense, a MOSSAD., PERALVA foi editor-chefe do "Correio da Manhã", além de ter trabalhado em outros órgãos de imprensa.
PERALVA menciona a criação, pelos soviéticos, da "Federação Mundial da Juventude", em Budapeste, que tinha entre seus dirigentes, o brasileiro Demóstenes Lobo. Conheci Lobo pessoalmente. Foi meu chefe, e, posteriormente, amigo, na Norton Publicidade. Nessa época, há muitos anos, tinha deixado o PCB, juntamente com vários intelectuais brasileiros.
Em uma das vezes que jantamos juntos, e elas foram inúmeras, pois uma longa amizade se formou, Lobo mencionou, para minha surpresa de jovem "executivo" de Marketing, a utilidade de conhecer o pensamento de MAO TSE TUNG, no que ele tinha de aplicação ao Marketing , principalmente, nos seus aspectos "estratégicos". Naquela época ainda nem se pensava no "Marketing de Guerra"
Sou da "geração do livro". Procurei confirmação do que meu amigo Lobo tinha dito. Os livros de MAO estavam proibidos. Arranjei edições espanholas. Li, e ainda guardo, "LA GUERRA REVOLUCIONÁRIA", "LA GUERRA PROLONGADA", "ESCRITOS MILITARES" E "CINCO TESES FILOSÓFICAS". Lobo tinha razão. Anos depois surgiu o "Marketing de Guerra". Fica a indicação para os "especialistas" de Marketing. Leiam não só MAO. mas CLAUSEWIZ, GIAP ("Guerras de Liberacion") , MONTGOMERY ("Memórias", paticularmente o capítulo intitulado "Minha Doutrina de Comando"). Há muito o que aprender além de KOTLER. Especialmente numa época em que os "marqueteiros" assumem as "campanhas" políticas, temos muito o que aprender lendo tais autores.
Por falar em livros a "Folha de São Paulo" acaba de lançar na Coleção Grandes nomes do Pensamento, "CONTRIBUIÇÃO À CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA", de Karl Marx. Lembro-me da época de estudante, na USP, quando tínhamos a tarefa de ler, e não havia edição em português. É uma boa introdução para quem não quiser enfrentar o "difícil" "O CAPITAL". MARX, ao contrário de FREUD, que era um bom ficcionista, era um mau estilista. Com a leitura da "CONTRIBUIÇÃO", os candidatos a "esquerdistas" podem evitar aquela situação que, na época, chamávamos de "marxistas de orelha". O indivíduo que só lia "a orelha" do livro e começava a discursar sobre "capital" e "trabalho".
Hoje, estamos em plena "era da Pátria Educadora". A televisão transmite os discursos prenhe de conhecimentos de DONA DILMA . Sua "falação" tem abrangido desde o "empacotamento do vento" até "a introdução da mandioca que criou a "Mulher Sapiens". Os livros já não são proibidos. O problema é que, além dos "bestsellers", as edições são pequenas pois não há compradores. É o "desafio" da "Pátria Educadora". Como grande parte dos nossos estudantes, segundo testes internacionais, não conseguem "entender" grande parte do que supostamente leem, quem sobreviver, verá.
BOA NOITE, BOA SORTE. NÃO ESQUEÇAM DE PAGAR A CONTA, A MENOS QUE VOCÊS ACREDITEM NO GOVERNO, NO CONGRESSO E NO STF. A ILUSÃO É A ÚLTIMA QUE MORRE., MAS, MORRE.